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sábado, 10 de agosto de 2013

BRUXOS E BRUXAS, de James Patterson e Gabrielle Chabonnet

Lembro até hoje de uma matéria publicada quando a saga "Crepúsculo" ganhou notoriedade, que dizia: se você não conhece a história, sua filha com certeza a conhece.

Foi o que lembrei, quando passei pela livraria e vi, com uma capa habitual aos livros com temas de bruxarias - bastante "adulta", por sinal -, um livro intitulado BRUXOS E BRUXAS, subtítulo "Livro Proibido pela Nova Ordem", referências de orelha que sugeriam uma história de livre interpretação do 1984 de George  Orwell, e uma ressalva "proibitiva" para os "adultos"... (leio na tradução de Ana Paula Corradini, edição de 2013 da Editora Novo Conceito).

Acho que a conjugação "proibido" e "livros", é sempre fascinante.
Quem gosta de ler, e não gosta de "livros proibidos" (ou livros sobre "livros proibidos"), que jogue a primeira pedra!
Comprei, claro.

A história é interessante, mas manipulada a partir de (visíveis) conceitos do-que-funciona na propaganda, que tenho lá minhas dúvidas se realmente funcionam... Opinião pessoal, não que esteja desmerecendo a importância da mídia para alavancar as vendas de um livro, mas realmente acho que funcionam melhor quando acontecem "ao redor" de um livro, do que quando consideram o próprio livro como um produto. Sou suspeita para opinar... mas, para mim, ficou visível "demais", no texto, onde estava a história e onde estava a mídia. E verdade seja dita, não tive tempo suficiente prá pesquisar, na Net, se este livro fez o sucesso que se esperava, ou não.

Feita a ressalva, a história é bacana.
Se vou me ofender pela insinuação ostensiva de que os adultos são mais manipuláveis pelo "sistema", do que as crianças e os jovens? JAMAIS! Ao contrário, até acredito que o conceito de "maturidade" esteja intimamente ligado à capacidade de se adaptar (e até mesmo, a acreditar ou a obedecer) o que quer que seja o sistema dominante vigente à época de nossa vida adulta.

A parte boa foi rever, em nova linguagem, ideias de autores clássicos da ficção nas entrelinhas de um texto publicitário "para jovens". Lá está, implícito, o "1984" de George  Orwell com seus adultos amedrontados, quase hipnotizados pelo "sistema" dominante.
Toda a história é dominada pela magia, mundos paralelos e o grande desafio da luta do bem contra o mal, uma luta de poder e dominação. O texto é de fácil leitura (li em uma noite).


Depois de ler o livro, lembrei de quando criava minha filha... Fiz o máximo possível para ser uma "mãe normal" (sem muito sucesso, se for para confiar na opinião dela), mas não queria uma filha conformada.. Se ainda estivesse nesta fase, este era um livro que eu daria para ela: tenha seu pensamento independente, seria a mensagem deste "livro-presente". Nada mal, afinal.







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