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domingo, 12 de maio de 2013

A FAZENDA BLACKWOOD, de Anne Rice

Ontem reli (pela terceira vez? pela quarta vez?) a história dA FAZENDA BLACKWOOD, de Anne Rice (leio em português, tradução de Alyda Christina Sauer, na edição de 2004 da Editora Rocco).

Sei que as histórias mais famosas da Anne Rice são as Crônicas Vampirescas, histórias do Vampiro Lestat, provavelmente alavancadas pelo (excelente) filme de 1994, homônimo do livro  ENTREVISTA COM O VAMPIRO, que reuniu sob direção de Neil Jordan um elenco estelar, comTom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Christian Slater, Kirsten Dunst e Stephen Rea, entre outros.

Embora tenha assistido o filme e achado ótimo... a verdade é que entre livros e filmes, gosto mais dos primeiros.

Talvez por isso que, inobstante todo o charme de Lestat, tornei-me leitora fiel de Anne Rice depois de ler A HORA DAS BRUXAS, a densa saga das treze bruxas assombradas pelo espírito de uma espécie humanóide quase extinta da face da terra, tão complexa e cheia de desdobramentos que jamais caberia em um único filme (uma minissérie longa, talvez).

A HORA DAS BRUXAS, traz no enredo o Talamasca, uma instituição medieval que, dizem as más línguas, herdou a fortuna dos Templários quando de seu massacre, e que se dedica desde então, através dos séculos da Idade Média e da Inquisição até a atualidade, a observar e registrar em seus arquivos secretos, episódios de paranormalidade, bruxarias e afins. Pois é o Talamasca quem registra a história das bruxas, desde o triste momento em que resgata a filha daquela primeira que invocou o espirito, pobre mulher solitária em uma aldeiazinha esquecida do mundo, e condenada à morte nas fogueiras da Santa Inquisição. A instituição e as bruxas se misturam como consequência de um amor trágico, e o destino daquelas treze mulheres passa a ser interesse do Talamasca, que mantém registro de todos os fatos que, geração a geração, permanecem em escritos enquanto esmaecem na memória da família, que a cada geração enriquece e cresce lado a lado com o destino destas mulheres torturadas.

E qual um prêmio aos leitores, uma vez contada a história das bruxas desde os primórdios (vários volumes), e a história dos vampiros desde os primórdios (mais e mais volumes), o Talamasca e seus pesquisadores, que deveriam ser cientistas isentos mas nunca conseguem se manter à distãncia, acaba por inadvertidamente reunir os personagens díspares, quando bruxas encontram vampiros, e bruxas se tornam vampiros.

A FAZENDA BLACKWOOD é o prêmio dos leitores fiéis.

A história se passa quando todos os personagens principais - Lestat, o Vampiro, e Mona, a bruxa herdeira -, já viveram suas histórias integrais e partiram descompromissados para seu destino no mundo. Desta feita, Tarquim Blackwood, herdeiro e proprietário da Fazenda Blackwood, reunirá a todos em sua propriedade, enredados em sua história.
Ele é um jovem médium, assombrado por um espírito rebelde e por uma maldição familiar que desconhece, cai nas garras de uma vampira antiga, que o transforma contra sua vontade. Desesperado para proteger a família que tanto ama, busca ajuda de Lestat, mesmo sob o risco de ser fulminado em fogo pelo mal humorado vampiro antigo. Lestat decide procurar Merrick, a bruxa vampira e médium, única capaz de lidar com o problema. E em sua jornada em busca de ajuda, Tarquim conhece e se apaixona perdidamente por Mona, a bruxa herdeira da família Mayfair, que reencontro enferma e à beira da morte, tratada pela monossilábica Rowan, a bruxa médica, genial e trágica.

De fato, é possível ler A FAZENDA BLACKWOOD sem conhecer as histórias precedentes. O livro é uma história inteira, com começo, meio e fim, e prescinde conhecer os volumes precedentes. Porém, seria como ler apenas metade da história, sem saber direito como cada personagem chegou onde chegou... Nada das delícias de reencontrar personagens conhecidos, como quem reencontra amigos de longa data, curioso em saber o quê aconteceu depois que as velhas batalhas foram vencidas.







2 comentários:

  1. Gostei muito do seu blog. Posso ser uma leitora? Se me deixar, assim, sempre que tiver sede de leitura e boas indicações, tarei por aqui! Parabéns pela escrita!

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    1. Bom dia, May, obrigada pela visita! Fique à vontade, que prá mim esse blog é como bater papo na cozinha de casa, e todos são bem vindos!

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