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domingo, 25 de novembro de 2012

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA DO SÉCULO XXI

... encontrar vontade de fazer coisas que não estou com a menor vontade de fazer.


Escrever no blog, quando deveria estar estudando prá prova da semana, é um desabafo. Será impressão minha, ou cada ano estou mais submersa em uma miríade de coisinhas pequenas, que não tenho vontade de fazer mas me obrigo pelas mais diversas razões, e que tomam tanto tempo?

E dizer que quando mamãe contava de nossas avós, de todo o tempo que levavam passando a ferro em brasa as camisas masculinas engomadas com clara de ovo... que seriam usadas uma única vez e lavadas novamente... eu achava tudo tão inútil!


Não há mais ferros em brasa...
Mas parece que tantos outros hábitos, diários, cansativos e entediantes, tomaram seu lugar.

Nesta terra que só chove, o mato cresce com vigor, todo fim de semana tem alguma grama prá cortar. Diz minha dentista que doenças periondontais são questão de saúde pública, e que afetam a quase todo mundo. Não sei se é fato, mas agora fico meia hora de esfregação dentária com novos apetrechos prá limpar os dentes, só a escovação não basta mais. Já reclamei da caixa de entrada de e-mail, que desde que participo do facebook tem uma média de 50 avisos por dia, mais das vezes sobre postagem de gente que nem conheço. Todo dia levo uns vinte minutos só pra separar o que ler e o que não precisa ler dentre todos os avisos jogados na caixa de entrada. Agora, estou na semana final da graduação, e ainda odeio o tal do TCC. Não me conformo com tão pouca importância aos trabalhos práticos, versus um ano de estudo teórico para escrever, e reescrever, e corrigir e reescrever de novo, um texto que é chato até pela formatação exigida e... convenhamos... só eu e a banca vamos ler! Decidi fazer boicote de telemarketing: ligou prá minha casa, hora do jantar, e me fez parar a comida prá ouvir propaganda de produto, não compro, não voto, não uso, nem agora, nem nunca.

Se a lista acaba aqui? Ah, não. Aparentemente a lista não acaba jamais.
Mas como o dia só tem 24 hs e eu não tenho um clone para me substituir, o método tem sido separar em listas diferentes.

O que é importante, eu faço.
O que talvez até fosse importante, mas não tenho muita certeza do porquê, vai prá lista.

O controle do peso, o controle do orçamento, junto com a dúzia de telefonemas de contato que não fiz ainda, e continuar os projetos pessoais em arte - inclusive a segunda saga do Templo -, estão na lista QUALQUER HORA DESTAS, EU FAÇO.
Na lista DEIXE PARA DEPOIS DE AMANHÃ O QUE NÃO PRECISA FAZER HOJE, ficaram os cursos de atualização, voltar a estudar piano, a cabeça de argila em construção, e os cartoons das Falantes Anônimas.
Já criei o SETOR DE RECLAMAÇÕES: quem quiser reclamar, particularmente sobre mim, favor baixar formulário pela internet e preencher, pagar a taxa de avaliação, protocolar na secretaria e aguardar sentado que, um dia, prometo que verifico do que se trata.
E tem também ós inúmeros pleitos daquelas coisas que parecem ser muito importante para "os outros", mas que ainda não achei motivo para incluir na minha própria vida. Neste está, em primeiríssimo lugar, criar uma rotina de exercícios físicos. Logo em seguida, vem fazer viagens (sempre digo... se não fosse humana, seria uma árvore com raízes fundas marcando o lugar onde nasci). Esses, coitados, foram parar na lista do SERÁ QUE ALGUM DIA VOU FAZER?

Às vezes me sinto irresponsável, porque cada dia parece acumular mais e mais coisas pequenas, rotinas lentas que deveriam ser feitas todos os dias. Nestas horas, lembro do ferro em brasa da minha bisavó. Tanto trabalho... TANTO TRABALHO!, e disso tudo só restou a lembrança da mamãe que, elogiando os ferros elétricos, contava da brasa que pulava do ferro antigo, sujando a roupa que tinha que ser lavada outra vez. Nada além de palavras.. Nem mesmo nas fotos antigas de família, naquele preto e branco agora um sépia desbotado, é possível perceber o trabalho insano daqueles mulheres antigas.

Talvez por isso, olhe minhas "listas" com certa ironia.
E ao definir prioridades, tento fazer escolhas que não sejam tão pesados quanto os ferros em brasa da minha bisavó.


Falar em coisas importantes, quase esqueci!
Esta semana, segunda feira, abre exposição.
Adorei o título (inclusive porque participei do processo de criação): ANTES DO FIM, 2012!
O mundo pode até acabar, mas nossa exposição vem primeiro!





Nesta exposição, apresento o triptico, o (segundo) NATUREZA HUMANA.
Ainda não tenho fotos na exposição, então segue uma foto "aqui de casa mesmo"!
 
 
 
 
 

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